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Consciência Negra: Letramento racial para uma educação antirracista foi tema de discussão em Cotia

Na tarde do dia 21 de novembro (quinta-feira), o Paço Municipal de Cotia foi espaço para debate e estudos sociais sobre Consciência Negra, em palestra que conduziu o tema “Letramento Racial Crítico: Branquitude e Interseccionalidades”. O evento foi mediado pela Secretaria dos Direitos Humanos, Cidadania e Mulher de Cotia, e recebeu a Cientista Social e Mestre, Luana Souza Gomes Tiznado, e a Psicóloga, Cida Raiz, para pautar uma ação educativa em combate ao racismo no município sob a ótica de uma análise crítica.

Olympia Navasques, Secretária dos Direitos Humanos, Cidadania e Mulher, inicia agradecendo e lembrando a especialidade do Dia da Consciência Negra (20/11), que, pela primeira vez, foi feriado nacional, e lembra o começo desta luta na cidade. “Toda esta discussão [sobre letramento racial], todo esse trabalho começou com a militância de alguém que está sempre em busca da igualdade e da inclusão, que é a Ângela Maluf [vice-prefeita de Cotia]”, pontua Navasques.

“Importante estarem aqui, neste momento tão significativo. Estas cadeiras vazias são de homens e mulheres pretos tombados por serem pessoas pretas, e nós estamos aqui para representar estas pessoas. Vamos falar sobre isso [letramento racial], porque não podemos mais morrer em função do que somos, pela cor da pele […]”, declara a vice-prefeita. Ângela ainda lembra que Cotia aderiu ao Pacto Coletivo Antirracista, oficializado no dia 28/11/2023, junto ao Ministério Público Estadual.

As palestrantes costuraram diferentes debates sociais, históricos e territoriais para chegar a conclusões de implementação da educação antirracista. “O letramento propõe e contribui para o surgimento das identidades e vivências, para que uma sociedade mais equânime e justa seja possível”, explicou Luana. “O Letramento racial crítico, interseccionalidades e branquitude devem ser estudados para a mudança de atitudes em busca de promoção da equidade e justiça social”, completa. Ela ainda recomenda “Como ser um educador antirracista”, de Bárbara Carine.

Abrindo espaços para diálogos e bate-papo com o público presente, Cida Raiz abrangeu processos históricos e desmembrou fatores do racismo estrutural. A especialista construiu um raciocínio afirmativo de compreensão do tema, recomendando o vídeo ‘Árvore e o menino indiano’. “A árvore é o racismo. Um menino vai lá tentar retirá-la, mas é pesada demais para ele, e outros vão se juntando: crianças, adultos, brancos e pretos. A árvore, enfim, é removida. É assim que se vence o racismo, tirando-o da estrutura de nossa sociedade”, exemplifica Cida.

Sobre as palestrantes:

Luana Souza Gomes: Professora de Sociologia da Rede Estadual, Especialista em Cultura, Educação e Relações Étnico Raciais (ECA/USP), Mestranda em Cultura, Filosofia e História da Educação (FEUSP) e Pesquisadora de Literatura Afro-brasileira.

Cida Raiz: Psicóloga e Terapeuta Holística, pós-graduada em Recursos Humanos, Administração e História da África e do Negro no Brasil, Comendadora da Oilpaldo/Nalimpo Ordem Internacional de Nações de Língua Portuguesa, Embaixadora da Paz da UPF – Universal Peace Federation.

Fotos: Vagner Santos

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