Texto e fotos por Victor de Andrade Lopes
O escritor granjeiro José Michel lançou na noite da última quarta-feira (26 de setembro) seu primeiro livro, Laquê na Virilha, em evento realizado na Nobel do The Square Open Mall. O Granja News esteve no lançamento com exclusividade.Durante a noite, José autografou diversos exemplares de sua primeira obra enquanto os convidados se serviam de bebidas e salgados. Segundo José, dois outros livros na linha do Laquê na Virilha já estão prontos.
E por que o nome “Laquê na Virilha”? Porque é uma evolução da expressão “batom na cueca”. “Hoje em dia já existem cuecas estampadas com manchas de batom. Ao criar a expressão ‘laquê na virilha’, estou propondo um conceito maior que o ‘batom na cueca’”, explica José em entrevista ao Granja News. “O livro tem muita coisa autobiográfica e também muita coisa fictícia, inclusive envolvendo amigos meus”, explica. “Tem também criticas, como comentários sobre como as pessoas desrespeitam o idoso no Brasil. É uma esculhambação!”, lamenta.
Segundo ele, o livro reflete o seu lado brincalhão, que se manifestava desde sua infância, quando sua mãe perguntava ao pai onde foi que eles haviam errado. “A minha vida é uma vida de brincadeira. Eu aconselho qualquer um a levar a vida de modo tão leve quanto eu levei. Você não pode chegar a uma idade com a minha (71 anos) amargurado e arrependido. Eu não me arrependo de nada, sempre fui honesto comigo mesmo”, conta José.
Antes de ser escritor, José teve uma bem-sucedida carreira como engenheiro. Formado na área pelo “Fundão”, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e especializado em automóveis pelo Instituto Militar de Engenharia, José trabalhou na Volkswagen do Brasil antes de concorrer a uma vaga na IBM numa época em que a informática ainda estava começando no país. Acabou ficando 38 anos na multinacional. Dos primeiros 15 anos dessa trajetória, dez foram passados nos Estados Unidos, Canadá, Alemanha e Holanda.
De volta ao Brasil, morou no Rio de Janeiro e em São Paulo até apaixonar-se por uma paulista e resolver ficar por aqui. Em 2008, mudou-se para a Granja, onde está desde então. “Eu tive na Granja uma recepção muito boa para o livro e ele está vendendo relativamente bem. Quem lê, adora”, conta.