Por Victor de Andrade Lopes
Fotos: Sônia Marques
Na nossa matéria de capa da edição de fevereiro deste ano (veja aqui, na página 7), publicamos uma reportagem sobre um grande empreendimento em construção na Estrada Fernando Nobre que estaria deixando moradores do entorno preocupados. Após a circulação do jornal, a empresa entrou em contato conosco e nos convidou para uma reunião para esclarecer diversos pontos abordados em nosso texto.
Inicialmente, a empresa nos levou para um passeio pela cidade onde pudemos conhecer por dentro diversos empreendimentos construídos por ela; fomos ainda ao próprio terreno que foi assunto da reportagem e conhecemos algumas contrapartidas sobre os quais a companhia evita fazer marketing. No local, a reportagem constatou que a regra dos 30 metros de margem de cada lado do riacho que passa pelo local foi respeitada. Sobre a contaminação do solo, Cavalcante afirma que os próprio estudos da sua empresa ajudaram a esclarecer os estado do terreno para a Cetesb.
O próprio escritório da EPC fica em um empreendimento criado por ela (Vintage Office), próximo a um residencial também assinado pela empresa. Cavalcante explicou no caminho que a Estrada do Capuava foi duplicada por sua companhia naquele trecho para dar melhor vazão ao tráfego. Dentro do residencial, explicou que todas as casas devem seguir certos preceitos sustentáveis.
No retorno, sentamos com Cavalcante, munido de milhares de páginas de documentos que esclarecem a função do empreendimento e sua situação perante os órgãos fiscalizatórios. Apesar das denúncias dos moradores no entorno e das determinações da Cetesb, ele se diz feliz, pois tais ações ajudam a tornar o projeto melhor. Toda a documentação está disponível para consulta, tanto da população quanto das autoridades.
Cavalcante comentou também as denúncias com relação à Área de Preservação Permanente. O Termo de Compromisso de Recuperação Ambiental (TRA) 22250/2016, que determina o plantio compensatório de mudas nativas da Mata Atlântica, já começou a ser feito e será acompanhado por especialistas contratados pela empresa.
Sobre as fases da obra, Cavalcante confirma que a ideia inicial era criar um residencial, mas tal proposta foi abandonada em 2008 em favor de um centro logístico que levou oito anos para começar a ser feito, devido às burocracias ambientais e sociais. Ele desmente que a obra tenha chegado a ser paralisada por qualquer órgão, incluindo a Cetesb.
Sobre os problemas de enchentes apontados por moradores, Cavalcante diz que a própria EPC trabalhou em conjunto com a prefeitura de Cotia para elevar a pista da estrada e evitar que o local fosse atingido por enchentes constantes.
Abaixo, a lista de documentos apresentados à reportagem e disponíveis para consulta:
* Licença Prévia de Instalação – Cestesb # 70000503/2016
* Autorização Cetesb #22250/2016
* TCRA – Termo de Compromisso de Recuperação Ambiental – # 22086/2016 e # 22903/2016
* Alvará da Prefeitura do Município de Cotia #457/2016