Texto e fotos por Victor de Andrade Lopes
O Movimento em Defesa da Granja Viana (MDGV) promoveu na noite do dia 21 de setembro (segunda-feira ) o seu quinto “Pequeno Sarau com Conversa ao Pé da Granja” de 2015. O sarau levou o título “Arte-Pública: A Cidade Como Experiência e a (Re)construção do Imaginário da Cidade” e foi organizado por Sandra do Amaral, Fátima Marinho e Roberto Marinho – estes últimos, casados, já foram peças centrais de entrevistas anteriores do Granja News. No caso de Roberto, este foi o Granjeiro do Mês de nossa edição 41 (abril de 2013).
O sarau começou com uma palestra de Fátima sobre mandalas modernistas e a arte de Antoni Gaudí, especificamente suas obras em Barcelona, Espanha. O objetivo era falar de arquitetura e arte pública. Para Fátima, a arquitetura é justamente a expressão máxima desse tipo de arte. “Ela depende muito de quem faz e de quem passa e a vê”, disse.
Em seguida, o trio promoveu uma atividade em que o público presente se dividiu em trios para trabalhar em mandalas. O objetivo era colorir uma mandala a seis mãos e conceber em palavras um projeto de urbanismo, infraestrutura e áreas correlatas que beneficiasse a Granja. A atividade foi interrompida devido ao tempo curto, mas o público se comprometeu a trazer os projetos novamente no encontro seguinte.
Então, o advogado Gilberto Capocchi, 1º coordenador do MDGV, iniciou sua palestra sobre o estatuto da cidade. Segundo ele, com a criação da lei em 2001, o Brasil passou a zelar por seu território em todas as esferas (municipal, estadual e federal).
Como o assunto também envolvia necessariamente a questão do plano diretor de Cotia, que deverá ser aprovado até o final deste ano, a palestra logo tomou formas de debate, com o público presente (por volta de 20 pessoas) expressando sua preocupação com os rumos de Cotia e as mudanças no zoneamento que poderão vir. “O que se espera do plano diretor é que ele torne mais eficientes os serviços públicos”, disse Gilberto.