Por Victor de Andrade Lopes
Uma cerimônia marcada pela presença de milhares de pessoas marcou a beatificação da irmã missionária scalabriana Assunta Marchetti no dia 25 de outubro. O evento ocorreu na Catedral Metropolitana de São Paulo, na Sé, e foi acompanhado de perto também por vários interessados na praça em frente à emblemática igreja, onde foram dispostas cadeiras e um telão para o acompanhamento da cerimônia.
O sobrinho-neto de Assunta, o advogado e morador da Granja Viana Gilberto Capocchi, conviveu com ela em sua infância e a descreve como uma pessoa “simples”. Irmã de sua avó paterna, a Madre Assunta é cofundadora da Congregação das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeo – Scalabrianas e ficou famosa por seu trabalho voltado para órfãos de imigrantes italianos e escravos e também por sua dedicação a doentes e feridos em hospitais.
Nascida em Lombrici de Camaiore, na Itália, no dia 15 de agosto de 1871, Assunta é de origem humilde e teve vários irmãos. Desde cedo, ajudava a família no trabalho para garantir o sustendo de todos, e sonhava em trabalhar no convento. Seu irmão José acabou entrando para a carreira religiosa antes dela, e, como missionário, desembarcou no Brasil em 1894. Mais tarde, José, já padre àquela altura, convida a irmã para ser missionária no Brasil e, no ano seguinte, ela desembarcava no Rio de Janeiro, onde começaria o trabalho que lhe rendeu reconhecimento.
A cerimônia de beatificação de Madre Assunta Marchetti teve a presença de uma comitiva enviada pelo Vaticano. A beatificação da ítalo-brasileira foi aprovada ainda no papado de Bento XVI, mas só ocorreu agora, com o Papa Francisco. Veja aqui o vídeo da cerimônia de beatificação.